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Há pouco tempo, escrevi um texto para o blog intitulado “Como acreditar em Deus se a ciência já provou que ele não existe?”. Este texto recebeu alguns comentários bem interessantes; em um destes comentários, um leitor fez, entre outros, o seguinte questionamento:

"Cabe aos crentes o ônus da prova. Quais seriam as suas motivações para acreditar em deus? Afinal, não existe qualquer indício concreto de que qualquer deus exista... Indo além, porque esse deus e não qualquer outro?"

Comprometi-me a levar o diálogo à frente e tentar responder estas questões, afinal elas são centrais para qualquer um que afirme uma religião. Cá estou eu tentando traçar algumas linhas, espero que alguma coisa interessante possa sair destas reflexões e que certa luz possa ser lançada sobre tão interessantes perguntas.

Antes de me lançar às respostas, quero questionar a única afirmação presente nas três linhas que citei. O leitor diz que não existe qualquer indício concreto de que qualquer deus exista... Esta afirmação parece banal, mas é o pressuposto das questões levantadas... Se eu aceitá-la, entro em um jogo já perdido; afinal, se não há indícios da existência, qualquer motivação para acreditar dificilmente poderá ser considerada racional. A fé será, então, uma decisão sem motivos ou uma intuição de apenas alguns...

Será mesmo que não existem indícios? Grande parte da tradição filosófica discorda... Diversos autores apresentaram provas da existência de Deus ou do transcendente. Penso, em um primeiro momento, em Descartes e São Tomás de Aquino. Não quero, em princípio, defender as teses dos dois, mesmo porque não concordo com Descartes; apenas trago este ponto à baila para demonstrar que a afirmação aparentemente tão simples possui opositores ilustres.

O cristianismo e as outras religiões, no momento em que afirmam a existência do transcendente, parecem falar sobre algo imaginário porque isto não pode ser observado pelos sentidos, nem quando estes são amplificados por aparelhos como microscópios e telescópios. Deus deve ser então uma criação humana, uma vez que sua existência não pode ser observada...


Sobre este aspecto, acredito ser importante lembrar que a existência de algo pode ser afirmada não apenas pela observação direta, mas também por seus efeitos. Exemplo: Chego em uma praia e vejo um castelo de areia altamente detalhado. Dificilmente vou julgar que aquele castelo de areia é fruto apenas de anos de erosão e da ação do vento e do mar. O alto nível de complexidade me faz deduzir que há uma inteligência por trás do projeto. E acredito que todos concordem que, dado o caso, esta é a melhor das hipóteses...

O nível de complexidade do mundo em que vivemos é muito maior do que o de um castelo de areia, por mais fantástico que este seja. Basta conversar com qualquer biólogo ou astrofísico para se ter uma ideia mínima da complexidade do real. Penso em pequenos detalhes como as asas da borboleta ou o olho humano. Mas, para além dos detalhes, vale dizer que o sistema como um todo faz sentido. Pequeninas alterações tornariam o universo como o conhecemos impossível.

Sei que estou utilizando um argumento comum, mas julgo ser ele bastante interessante. E mais importante que isso, é que tal argumento me convence. Acredito ser indigno de um debate leal usar qualquer outro tipo de recurso.

Um ponto que um ateu pode objetar é que, dado os elementos existentes e um espaço de tempo infinito, todas as combinações possíveis seriam realizadas; logo, mais cedo ou mais tarde, um universo como o nosso surgiria... Confesso que esse argumento mexeu comigo durante muito tempo... Hoje, no entanto, o julgo falho. O erro consiste em julgar que, dado certos números de elementos e um espaço de tempo infinito, todas as combinações serão realizadas....

Dois exemplos me ajudam muito a concretizar o que quis dizer no parágrafo acima. O primeiro deles é o do sorteio da mega sena. O conjunto de números é finito e até bem pequeno, mas a chance de sair aqueles seis números
apostados é menor ainda. Quem quiser saber o quanto, não precisa nem fazer a conta, basta conversar com quem joga toda semana... De qualquer maneira, neste caso parece ser fácil dizer que em jogadas infinitas todas as possibilidades serão cobertas.

O grande problema em se extrapolar este exemplo para explicar o surgimento do universo é que, no caso da loteria, a ordem dos números não importa; no caso do universo, sim. Não basta ter todos os elementos, eles têm que estar alinhados da forma correta. De qualquer maneira, esta situação já traz o ponto que defendi acima. Temos sessenta números a serem sorteados e um número só será sorteado novamente se alguém o colocar de novo na cesta do sorteio... Caso assim não seja, eles se esgotam rápido, e apenas dez possibilidades se realizarão.

Vou dar um segundo exemplo que vai tornar as coisas mais fáceis. Digamos que um macaco esteja batendo seguidamente em um teclado de computador. É razoável dizer que, mais cedo ou mais tarde, por mais improvável que seja, aparecerá a frase “ivo viu a uva”. É claro que essa frase pode aparecer, mas a probabilidade é minúscula. E mais ainda se a primeira letra que o macaco apertou não foi “I”, toda uma chance já foi desperdiçada. A cada vez que tecla, o macaco tem apenas uma chance em 26 de acertar... Quem não sabe matemática pode achar pouco, mas é importante lembrar que o símio tem que acertar 10 vezes seguidas...

Como eu disse, é razoável pensar que, mais cedo ou mais tarde, graças ao macaco, a uva será vista por Ivo; no entanto, ninguém pode dizer que é certo. Várias outras possibilidades normalmente são descartadas. O macaco pode se cansar de bater, a energia pode acabar ou, para nossa incrível surpresa, nosso amigo comedor de bananas pode quebrar o computador.

Dei estes exemplos para chamar a atenção de que o acaso pode até ser uma explicação, mas tal explicação é “menos boa” do que normalmente se supõe. O castelo pode até ser fruto de forças cegas, mas é mais provável que tenha sido construído por mãos humanas.

Para que o mundo seja o que é hoje, pelo menos três grandes “aparições” ocorreram. A primeira delas é a do próprio universo, a segunda é a da vida e a terceira da inteligência. Os três surgimentos são altamente improváveis a partir do acaso. Tanto o cristão quanto o ateu acreditam que o cosmos seja, de certa maneira, consequência de milagres... O cristão, no entanto, afirma um milagre, da Criação por parte de alguém bom e inteligente. O ateu afirma uma sucessão de milagres do acaso.

Um princípio utilizado em círculos científicos é a chamada “navalha de Okham”. Tal princípio afirma que, quando temos duas explicações igualmente possíveis para um fenômeno, devemos ficar com a mais simples, com a que depende de menos elementos. Não sei se as duas explicações para o surgimento do universo são igualmente possíveis (sinceramente acho que não), mas para mim é fácil saber qual das duas a navalha cortará.

Bom... Encerrando, digo que creio em milagres, mas não tenho necessidades de multiplicá-los ao infinito para explicar o mundo. Mesmo para aqueles que não conseguem ter a certeza da existência de Deus, afirmo que sua existência é, ao menos, a melhor hipótese.... Voltando à pergunta do leitor: Qual minha motivação para acreditar em Deus? Bom... simplesmente não tenho fé suficiente para ser ateu!


Alessandro Garcia
Mestre em sociologia - Coordenador da Oficina de Valores

Obs: Sei que duas perguntas foram mencionadas no texto, mas como o mesmo ficou muito grande deixo a segunda questão para uma outra reflexão.

14 comments:

Jonathan Almeida disse...

Gostei muito do texto, mandou bem Ale!

Celio Junior disse...

Texto muito interessante. Já compartilho a maioria, mas este merece mesmo ser compartilhado!!!

Anônimo disse...

A sua última frase foi perfeita

Anônimo disse...

Vai ser difícil convencer um ateu de que o mundo foi criado por Deus porque essa é a explicação mais simples (o que não é) ou então porque o mundo é perfeito demais, logo, Deus o criou.
A explicação de Deus é mais provável ou simples (ou “mais boa”) pra quem já acredita nele. Parece-me tão mirabolante o acaso acontecer dentre tantas possibilidades quanto um “ser” “superior” “criar” o mundo.
O acaso acontece. Realmente na loteria são milhões de possibilidades. Mas quantas pessoas ganham na loteria por ano? E as pessoas que ganham não tentam todas as milhões de possibilidades. Elas tentam uma ou duas, e acertam. Apesar de se ter milhões de possibilidades e a probabilidade que algo aconteça seja mínima, não é preciso testar todas as possibilidades pra que ela aconteça.
Quais são os elementos que você disse que precisam ocorrer numa ordem? Os elementos são o universo, a vida e a inteligência? Eles não precisam acontecer em uma determinada ordem eles só podem acontecer em uma determinada ordem. Não existe vida sem universo e não existe inteligência sem vida. É como se para o macaco digitar a primeira letra eu desse um teclado com apenas uma tecla. As outras possibilidades não existem.
E que computador é esse que o macaco tá usando que a folha acaba?

Alessandro Garcia disse...

Valeu anônimo...
Vou substituir folha por bateria. Tinha pensado no exemplo com uma máquina de escrever e quando mudei acabei não atentando para esse detalhe.

Acho que não entendeu meu argumento. Eu não disse que acreditamos em Deus porque é a explicação mais simples, mas porque é outro lado é uma "improbalidade" quase infinita. Talvez não tenha me expressado bem.

Convido-o a pesquisar sobre a navalha de Okham. Em alguns momentos na história da ciência ocorreram explicações igualmente plausíveis, imagine que você pode explicar algo por um variável ou por 17. A atitude que tal princípio recomenda é escolher a primeira opção...Você não escolhe uma resposta porque é mais simples, mas pensa que entre duas de igual formas de explicar igualmente coerentes, a mais simples provavelmente será a correta.

Alessandro Garcia disse...

Sobre os últimos pontos apontados, é claro que um surgimento depende do anterior, a lógica do meu argumento é toda baseada nisso. Convido-o a mais uma leitura e continuar o debate em quemtembocavaiaroma.livreforum.com

abraços

Binho Kraus disse...

Bom, primeiro quero dizer que gostei muito do texto. Agora vamos comentar os comentários, na verdade o comentário do Anônimo.

Bom, a complexidade da existência do universo é tamanha, não to falando da vida no planeta Terra, to falando da existência do Universo, tal complexidade de existência é tamanha que acredita-se com base em cálculos já feitos, que se a força de explosão do big bang fosse menor em 0,000002% a existência do universo como conhecemos não seria possível, ele teria colapsado e nada disso existiria.

Além do que, esquece-se que a noção de espaço e tempo, pelas teorias mais aceitas, e defendidas até mesmo por ateus como o Dawikins e outros, só começou a existir a partir do big bang, o tempo só passou a existir a partir de um dado momento, então acontecimentos ao acaso dentro de um período de tempo para o surgimento de alguma coisa antes que o próprio tempo viesse a existir é uma inconsistência lógica. Não da pra ter qualquer medida de tempo antes do tempo, porque esse simplesmente não existia... antes de tudo o que existia?! Essa pergunta não encontra resposta objetiva e matemática. Não quero propor o Deus de lacunas, não é isso. Muitas pessoas muito boas tentaram e tentam explicar como é possível alguma coisa vir do nada. Do nada, nada pode vir! Antes que tudo existisse, existiam só as possibilidades que se combinavam, argumentam muitos ateus. Mas o simples fato de existir combinações aleatória evoca o princípio de tempo que não existia, então não poderia estar passando. A única explicação, e é a mais simples, é que tudo que existe teve uma origem, uma causa, em algo que não foi causado, que sempre existiu independente do tempo. Qualquer outra explicação requer muito mais explicação e é muito menos provável do que essa. Claro que teriam milhões de coisas a serem acrescentadas e já me estendi demais. Convido, caso queiram, continuar o debate no fórum que temos, e é administrado por nós mesmos da Oficina de Valores para essas e outras questões. http://quemtembocavaiaroma.livreforum.com/

Anônimo disse...

Olá, amigos blogueiros!
Fiquei um tempo afastada da leitura do blog, infelizmente tive alguns problemas e não foi possível que estivesse mais assídua. Me atrasei bastante nas leituras. Estarei a comentar em todos!

Alessandro, achei muitíssimo bem colocado o texto. O ponto onde "atacou" foi crucial. Acho que qualquer pessoa mais desatenta não teria iniciado o texto pela afirmação. Você soube ser bem interpretativo e não afobado em responder como não é bem comum de se ver.
Realmente nosso caro leitor anônimo, não entende muito de matemática. Qualquer pessoa que tenha o mínimo fundamento em probabilidade, assusta-se! Lembrou-me um pouco do livro "Guia do mochileiro das galáxias". Quem leu, irá me entender.
Fostes muito feliz em citar a navalha de Okham, bem lembrada. Parabéns!

Anônimo disse...

Só para esclarecer, não estava discordando de nada do que você disse Alessandro. Concordo que o mais simples é o mais provável e, portanto, na maioria dos casos a resposta correta. O que eu quis dizer é que para uma pessoa que não acredita em Deus, Deus é tão improvável quanto o acaso. E todos os dias você vê “improbabilidades” acontecendo, mas não vê Deus “acontecendo”.
Sou católica, tenho fé em Deus, mas nunca encontrei argumentos para acreditar na existência de Deus (confesso que também nunca procurei rs). E esse argumento que você deu ainda não me parece convencer alguém. Já vi gente “virando” ateu e eu não tinha nada que pudesse dizer para mostrar que essa era uma má escolha.

Yuri W. disse...

Gostei muito do texto Alessandro!! Gosto das analogias e exemplos que você dá... Fica mais fácil de entender o que foi argumentado anteriormente.

Alessandro Garcia disse...

Ola anônimo (na verdade anônima...rs)

Se tivesse discordado não teria nenhum problema, o blog está aí para espalhar idéias, e com certeza, vários dos nossos argumentos podem ser rechaçados.

Só me explicando: não acredito que alguém deixe de ser ateu ao ler meu texto. O Objetivo não foi esse, por isso o título "índicios". Só quis dizer que a hipótese de que o acaso mais cedo ou mais tarde daria conta da origem do universo é ruim. Pior do que a de uma inteligência criadora...

Fiz isso para tentar contrapor a ideia de que a crença em um "criador" é tola e não racional.

sua contribuição foi muito bacana e fez a discussão andar. Continue participando.

Fraterno abraço,

Alessandro Garcia

Antonio Vilvaz disse...

Olá Alessandro,
Como vai? Inicialmente, fiquei muito feliz em ver que os meus comentários naquele texto anterior o motivou a responder meus questionamentos nesse excelente texto. Te agradeço e te parabenizo de antemão. No entanto, permita-me, novamente, discordar em dois pontos. Acredito que os seus argumentos são os melhores para acreditar em deuses, mas me parecem falhos em alguns aspectos centrais. No entanto, tenha a certeza de que você está ao lado de pessoas brilhantes que já manifestaram as mesmas idéias. Vc afirma que “o universo como o conhecemos seria impossível de ocorrer aleatoriamente”. Imagine que existem mil tipos plausíveis de universos. Hoje só temos um universo ou pelo menos só conhecemos um. Obviamente sabemos que o nosso tipo de universo é possível de ocorrer uma vez que ele está aqui, presente, e tendemos a pensar ser esse o único universo possível. Veja que partimos do final para tentar explicar o começo. No entanto, não conseguimos imaginar as outras 999 combinações diversas. A nossa incapacidade de lidar com probabilidades assustadoramente pequenas torna o nosso pensamento extremamente finalista. A existência de um dado universo é uma soma de eventos tão improváveis que não imaginamos como seria se algo minimamente diferente tivesse ocorrido. Entende meu ponto de vista? Outro ponto crucial é o exemplo de um castelo de areia para ilustrar um clássico argumento, muito bem abordado por Richard Dawkins em "O Relojoeiro Cego". De forma extremamente capenga a idéia é a seguinte: Se vc tem algo muito complexo, cuja complexidade você não consiga explicar, isso, necessariamente, tem que ter sido planejado e/ou executado por uma inteligência complexa. Não pode ser fruto de eventos estocásticos. Essa idéia é o mote do movimento do design inteligente, um poderoso lobby que vem ganhando visibilidade em todo o mundo, que tenta usar idéias científicas para comprovar a existência de deus. Um ponto que emerge disso é: se sempre tem que haver um planejador para as coisas complexas e esse planejador deve ser mais complexo que sua criação logo, deus tem que ter sido criado por outro ser, que foi criado por um outro, que foi criado por um outro e assim ad infinitum. Outro problema, que me parece ser mais o cerne do seu texto, é: deus tem que ser necessariamente a hipótese alternativa. Se vc não consegue explicar algo, logo o crédito tem que ser dados para deus. E pq tem que ter sido deus? Pq não foi o monstro do espaguete voador ou o Bule de chá de Russell ou uma minhoca gigante verde fotossintetizante? Essas quatro explicações são igualmente (im)plausíveis e igualmente impossíveis de serem testadas. Veja como isso é falho, uma vez que deus não é uma hipótese em si, mas uma explicação pra encerrar o assunto ou reconhecer que não sabemos explicar, mas temos uma imensa aflição, inerente à trágica condição humana, de encontrar uma tentativa de explicação que acalme, mesmo que de forma superficial, nossas profundas dúvidas. Quanto à navalha de Okhan, essa não se aplicaria a deus, pois deus não é uma hipótese testável. A navalha de Okhan se aplica a duas hipóteses que podem ser enunciadas, com todos os seus pressupostos. Deus não pode. Não temos como suportar nem refutar a existência de deus. Pode ser que deus exista? Pode. Mas a crença na existência de deuses é meramente um exercício especulativo, sem nenhuma evidência a favor e que, portanto, não faz nenhum sentido. Por isso, acreditar ou não em deus ou em outra divindade qualquer é um ato de fé, na definição da palavra, com grande influência cultural. Espero que eu tenha conseguido me fazer entender. Peço desculpa pelo alongado texto e agradeço pelo debate cordial e de alto nível. Um abraço, Antonio

Alessandro Garcia disse...

Ola,

Seus comentários ainda renderão mais um texto, só não o escrevi porque estou com outros na fila.

Só dois pontos: 1 - no texto não pretendi provar a existência do Deus cristão. Creio nele, mas não foi esse o objetivo. Quis apenas afirmar o transcendente...Se esse for chamaado de bule de chá, por enquanto, no problem.

2 - Opa...não disse que Deus é uma hipótese alternativa. mas a melhor hipótese. Não afirmo o Deus das lacunas...apenas que a questão das origens do universo é melhor explicada por algum tipo de inteligência. Não tentei utilizar uma espécie de artitifício.

3 - quis usar a navalha de okham de maneira analógica. Alguém que diga que Deus não existe tem que apelar para uma sequências de acasos, que, como vc apontou, são possíveis, mas estatisticamente MUITO improváveis.

4 - claro que a crença na divindade está relacionada a fé. O próprio Tomás de Aquino diria que muito poucos e depois de muito esforço chegariam a conclusão da existência de Deus se não fosse por ela...O fato de ser assim para a maioria, no entanto, não quer dizer que necessariamente será assim.

Fraterno abraço e obrigado pela participação

Alessandro Garcia disse...

ops...de dois viraram quatro!!!!

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